
Governo Lula condena ataque contra comboio do presidente do Equador e pede respeito à democracia

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou repúdio ao atentado contra a caravana do presidente do Equador, Daniel Noboa, que foi alvo de pedras e tiros na província de Cañar.
"Ao repudiar o emprego de toda e qualquer forma de violência na política, o governo brasileiro manifesta seu apoio ao governo e ao povo equatorianos em sua busca por soluções pacíficas para os desafios políticos, econômicos e sociais do país, no marco do respeito às instituições e ao Estado democrático de Direito", lê-se na nota, divulgada nesta quarta-feira (8).
Relembre:
O atentado, realizado no dia anterior, quando o presidente se dirigia para anunciar a construção de uma estação de tratamento na província, ocorre em meio à paralisação nacional contra o Executivo.

"Seguindo ordens de radicalização, atacaram uma caravana presidencial na qual viajavam civis. Tentaram impedir, à força, a entrega de uma obra destinada a melhorar a vida de uma comunidade", escreveu a Presidência equatoriana em uma publicação no X.
Segundo Inés Manzano, ministra do Meio Ambiente e Energia, "apareceram 500 pessoas e lançaram pedras, e há marcas de balas no carro do presidente".
De acordo com a representante, citada pelo portal El Universo, cinco pessoas foram detidas pela polícia por esses atos. Ela prometeu que todos os envolvidos responderão criminalmente.
"Graças a Deus, nosso presidente, muito firme e corajoso, continua adiante, cumprindo sua agenda normalmente", afirmou Manzano
Contexto político
A paralisação nacional no Equador, liderada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), começou em meados de setembro, após a decisão de Noboa de eliminar o subsídio ao diesel.
Outras reivindicações incluem soluções para saúde e educação, respeito a protestos e organização social, fim da expansão mineradora, proteção de povos indígenas, redução do IVA de 15% para 12%, rejeição à consulta para Assembleia Constituinte, liberação de detidos e respeito a direitos coletivos.
