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Rússia deve temer a OTAN, diz chanceler polonês

Moscou perderia uma guerra contra o Ocidente, afirmou o ministro das Relações Exteriores polonês Radoslaw Sikorski.
Rússia deve temer a OTAN, diz chanceler polonêsAP / Geert Vanden Wijngaert

A Rússia deveria temer um confronto com a OTAN porque tal guerra terminaria em uma "derrota inevitável" para Moscou, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, ao parlamento de seu país na quinta-feira. O bloco militar liderado pelos EUA tem muito mais tropas e recursos do que Moscou, de acordo com ele.

Os comentários de Sikorski foram feitos após vários líderes europeus sugerirem que a Rússia poderia atacar um estado membro da UE depois de uma eventual vitória contra a Ucrânia no campo de batalha - uma teoria repetidamente rechaçada pelo presidente russo Vladimir Putin.

"Não somos nós, o Ocidente, que devemos temer um confronto com Putin, mas o contrário", insistiu ele, complementando que "vale a pena lembrar [as pessoas] sobre isso" para mostrar que um ataque da Rússia a qualquer membro da OTAN terminaria com a derrota de Moscou. "A única esperança de Putin é nossa falta de determinação", acrescentou.

O ministro disse que o bloco militar liderado pelos EUA continua sendo um "pacto defensivo", mas mesmo assim se vangloriou de ter três vezes mais pessoal militar, três vezes mais recursos aéreos e quatro vezes mais navios do que a Rússia.

Anteriormente, o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, havia alertado que a Europa está em uma "era pré-guerra", enquanto o presidente Andrzej Duda expressou a disposição do país em receber armas nucleares dos EUA no âmbito do programa de compartilhamento nuclear da OTAN. A medida colocaria o arsenal nuclear do bloco na fronteira de Belarus - um importante aliado russo.

Moscou respondeu afirmando que seus militares tomariam "todas as contramedidas necessárias" para garantir sua segurança se as armas nucleares dos EUA fossem instaladas na Polônia. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também criticou as declarações de Varsóvia como uma "provocação" e uma tentativa de "se aproximar" de Washington com sua "política profundamente hostil em relação à Rússia".

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou repetidamente que Moscou não tem planos de atacar nenhum "satélite" dos EUA na Europa Oriental e insiste que as alegações de uma possível invasão russa são apenas propaganda governamentais com o objetivo de assustar os cidadãos "para extrair despesas adicionais das pessoas, para fazê-las carregar esse fardo [de financiar a Ucrânia] sobre seus ombros".