Maduro diz que massacre em Gaza é 'financiado e apoiado pelas elites imperialistas dos Estados Unidos'

O presidente venezuelano classificou as ações de Israel como uma "guerra de extermínio" contra o povo palestino.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou nesta terça-feira (7) as ações israelenses na Faixa de Gaza, intensificadas a partir de 7 de outubro de 2023, como uma "guerra de extermínio" contra o povo palestino.

"Ao cumprirem-se dois anos do massacre atroz que devasta a Faixa de Gaza, continuamos a condenar veementemente esta guerra de extermínio perpetrada pelo Estado de Israel contra o povo palestino. O que estamos vendo não é uma guerra; é um genocídio à vista de todos", declarou Maduro, em vídeo compartilhado em seu canal no Telegram.

O chefe de Estado responsabilizou "as elites imperialistas dos EUA e seus cúmplices da extrema direita mundial" por armarem, financiarem e apoiarem o "genocídio".

Maduro também declarou que as ações israelenses são uma afronta à comunidade internacional, e representam uma demonstração de impunidade e força. "É uma violação com efeito visual e uma mensagem inaceitável: 'Temos o poder militar e faremos o que quisermos'", apontou.

"Direito à vida e a um Estado independente"

O presidente venezuelano defendeu que a Palestina tenha "seu direito à vida, à sua terra histórica e a um Estado independente, pleno e justo", indicando que isso "constitui o imperativo moral número um da humanidade" atualmente. Para ele, "enquanto o projeto sionista agride brutalmente o mundo árabe, torna-se um dever urgente alcançar novos consensos para que se concretize uma paz verdadeira, com justiça e respeito à vida".

Maduro reiterou o apoio "incondicional" de Caracas à causa Palestina e pediu uma união mundial para que juntos "iniciem tempos de paz, reconstrução e justiça para a Palestina".

"Quem permanecer em silêncio hoje diante desta guerra de extermínio contra as crianças e todas as famílias do povo palestino será para sempre cúmplice de um dos crimes mais horríveis já registrados: o crime contra o direito do povo palestino à sua terra sagrada, à paz, à vida, à independência, a um estado independente, conforme estabelecido por todas as resoluções das Nações Unidas", enfatizou.