Cerco contra o Donbass configura genocídio cometido pela Ucrânia, diz Rússia

Moscou lembrou que, desde 2014, as autoridades ucranianas bloquearam o acesso a transporte, energia, água e outros serviços básicos para os moradores da região.

O bloqueio de água e outros cercos impostos à região de Donbass fazem parte de uma política de genocídio conduzida pelo governo de Kiev contra russos étnicos e falantes de russo, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia ao jornal Izvestia nesta terça-feira (7).

O cerco, observou a pasta, soma-se a outros crimes de guerra à luz do direito internacional, como os "bombardeios regulares de cidades pacíficas, os assassinatos em massa de civis e outras ações punitivas das Forças Armadas Ucranianas (FAU) e de batalhões nacionalistas".

A chancelaria russa destacou que as medidas, impostas desde o início do conflito em Donbass, configura uma forma de "punição" aos moradores locais que se opuseram à nova administração em Kiev. Entre elas, estão "bloqueios na região, de transporte, energia, finanças, commodities, água e outros", com o objetivo de privar a população de recursos vitais, como alimentos, medicamentos e eletricidade, provocando uma "catástrofe humanitária".

O governo russo afirmou ainda que apresentou provas dessas alegações ao Tribunal Internacional de Justiça, no âmbito da Convenção de 1948 sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. "Apresentamos os argumentos correspondentes no Contra-Memorial da Federação Russa sobre este caso, que entregamos ao Tribunal em 18 de novembro de 2024", informou o ministério.