
Cerco contra o Donbass configura genocídio cometido pela Ucrânia, diz Rússia

O bloqueio de água e outros cercos impostos à região de Donbass fazem parte de uma política de genocídio conduzida pelo governo de Kiev contra russos étnicos e falantes de russo, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia ao jornal Izvestia nesta terça-feira (7).
O cerco, observou a pasta, soma-se a outros crimes de guerra à luz do direito internacional, como os "bombardeios regulares de cidades pacíficas, os assassinatos em massa de civis e outras ações punitivas das Forças Armadas Ucranianas (FAU) e de batalhões nacionalistas".

A chancelaria russa destacou que as medidas, impostas desde o início do conflito em Donbass, configura uma forma de "punição" aos moradores locais que se opuseram à nova administração em Kiev. Entre elas, estão "bloqueios na região, de transporte, energia, finanças, commodities, água e outros", com o objetivo de privar a população de recursos vitais, como alimentos, medicamentos e eletricidade, provocando uma "catástrofe humanitária".
O governo russo afirmou ainda que apresentou provas dessas alegações ao Tribunal Internacional de Justiça, no âmbito da Convenção de 1948 sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio. "Apresentamos os argumentos correspondentes no Contra-Memorial da Federação Russa sobre este caso, que entregamos ao Tribunal em 18 de novembro de 2024", informou o ministério.
- Com o agravamento de tensões de 2014, as autoridades ucranianas impuseram um bloqueio contínuo em Donbass, restringindo transporte, energia, água e serviços essenciais, submetendo a população a condições críticas.
- Mesmo após o início da operação militar especial em 2022, as forças ucranianas seguem atacando infraestrutura civil na região, como água e energia, agravando a crise humanitária.
