Resolver o conflito ucraniano pode ser uma tarefa mais complicada do que alcançar um acordo de paz no Oriente Médio, declarou nesta terça-feira (7) o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Durante uma reunião com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, o líder republicano afirmou que antes pensava que poderia resolver o conflito ucraniano com facilidade, em parte devido à sua relação com o presidente russo, Vladimir Putin.
"Pensei que [a crise ucraniana] seria uma das mais fáceis [de resolver]. (...) Achava que seria fácil resolvê-la, mas acabou sendo talvez mais difícil do que o Oriente Médio. Veremos o que acontece com o Oriente Médio", respondeu a uma pergunta sobre o tema.
Ponto de tensão
Anteriormente, Trump não descartou a possibilidade de que Washington possa fornecer mísseis de cruzeiro Tomahawk à Ucrânia. Na segunda-feira (6), declarou que "de certo modo" já tomou uma decisão a respeito, mas admitiu que, antes de dar um passo definitivo, gostaria de saber "o que fazem com eles".
Moscou, por sua vez, afirmou repetidamente que não existe uma arma capaz de mudar significativamente o rumo do conflito ucraniano. No domingo, Putin declarou que tal medida representaria a destruição das tendências positivas nas relações entre Moscou e Washington, já que o uso desses mísseis é impossível sem a participação direta de militares americanos.
Paz no Oriente Médio?
Já na semana passada, a Casa Branca divulgou o plano do presidente dos Estados Unidos para encerrar o conflito na Faixa de Gaza, que consiste em 20 pontos e prevê um "cessar-fogo imediato se ambas as partes aceitarem".
Na segunda-feira (6), delegações de Israel e do Hamas se reuniram no Egito para iniciar novas negociações indiretas com o objetivo de pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza.