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Bebê da capa do Nevermind perde outro processo para o Nirvana

Spencer Elden alega que sua aparição como o bebê nu na capa de um álbum constitui pornografia infantil e exige uma indenização de 150 mil dólares de cada um dos ex-integrantes da banda, da viúva de Kurt Cobain e do fotógrafo responsável pela imagem.
Bebê da capa do Nevermind perde outro processo para o NirvanaGettyimages.ru / Paul Bergen/Redferns

Spencer Elden, o homem que afirma que sua aparição como o bebê nu na capa do icônico álbum Nevermind, do Nirvana, constitui pornografia infantil, perdeu mais uma ação judicial contra a banda, informou o jornal The Guardian em 2 de outubro.

"Nevermind", o álbum de maior sucesso do Nirvana, foi lançado em 1991 e incluí o hit "Smells Like Teen Spirit", vendendo mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo. A capa mostra Spencer Elden, com quatro meses de idade, nadando em direção a uma nota de um dólar presa a um anzol de pesca.

"Exploração sexual comercial" 

Elden, agora com 34 anos, entrou com um processo contra a banda em 2021, alegando que seu nome estava "para sempre vinculado à exploração sexual comercial que sofreu quando menor". No ano seguinte, o Juiz Distrital dos EUA, Fernando Olguin, rejeitou o caso por ter sido apresentado após o prazo de dez anos. 

No entanto, após um tribunal de apelações reverter a decisão, Elden processou novamente os membros sobreviventes do Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, a viúva do falecido vocalista Kurt Cobain, Courtney Love, e o fotógrafo Kirk Weddle em 2022, buscando pelo menos US$ 150.000 de cada um dos réus.

Olguin rejeitou o caso pela segunda vez, afirmando que nenhum júri razoável consideraria a capa do "Nevermind" pornográfica. A imagem parecia mais uma "foto de família de uma criança nua tomando banho", argumentou.

"Nem a pose, nem o ponto focal, nem o cenário ou o contexto geral sugerem que a capa do álbum apresenta conduta sexualmente explícita", decidiu o juiz.

O advogado do Nirvana, Bert Deixler, disse em comunicado que sua equipe estava "satisfeita que o tribunal tenha encerrado este caso sem mérito e livrado nossos clientes criativos do estigma de falsas alegações".