O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou que seu país deveria boicotar o festival Eurovision caso Israel seja impedido de participar. A declaração foi concedida ao jornal ARD no domingo (5).
Os promotores do evento estão sob crescente pressão externa para excluir Tel Aviv, após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter impedido a chegada de mais de 450 ativistas trazendo ajuda humanitária à Faixa de Gaza como parte de seu bloqueio ao território.
"É uma decisão que apoio. É um escândalo que isto esteja sequer a ser discutido, Israel tem o direito de participar", disse Merz quando questionado sobre a possibilidade de Berlim boicotar o festival caso Israel seja banido.
A Alemanha, junto com França, Itália, Espanha e Reino Unido, forma os "Cinco Grandes", principais financiadores do Eurovision. A França afirmou que participará independentemente de medidas contra Tel Aviv, enquanto Espanha, Holanda, Irlanda, Islândia e Eslovênia ameaçam se retirar caso Israel não seja banido.
"Meus sentimentos pessoais em relação a Israel são inteiramente positivos. É um país maravilhoso. No entanto, na minha opinião, algumas das ações militares na guerra de Gaza foram longe demais", afirmou Merz, acrescentando que a "solidariedade da Alemanha com Israel nunca foi questionada".
- Apesar de afirmar ser "apolítica", a União Europeia de Radiodifusão (EBU) excluiu a Rússia do evento em 2022, após a escalada do conflito na Ucrânia.
- A Rússia se mostrou contrária à decisão, declarando que a tentativa de boicotar a cultura russa no exterior acabará por fracassar.