A China supera os Estados Unidos na disputa de exportações do setor energético, informou a Bloomberg na segunda-feira (6). Pequim vem ampliando de forma constante a venda de tecnologias voltadas à redução de emissões de carbono, como veículos elétricos, painéis solares e baterias.
De acordo com o centro de análise Ember, as exportações chinesas desse setor atingiram o valor recorde de US$ 20 bilhões em agosto. Mesmo com a queda nos preços das tecnologias, o volume de vendas segue em alta, especialmente para países em desenvolvimento.
O avanço reforça não apenas as vendas do país, mas também sua influência internacional no campo da energia sustentável.
Exportações americanas
Apesar de os Estados Unidos também terem registrado um recorde de exportações em 2024, ainda estão 30 bilhões de dólares atrás da China, segundo dados do veículo. Além disso, esse crescimento é impulsionado principalmente pelos lucros do setor de combustíveis fósseis, de acordo com a própria Administração de Informação Energética norte-americana.
O presidente Donald Trump tem priorizado a ampliação da produção de petróleo e gás, ao mesmo tempo em que impõe restrições ao mercado interno de energias renováveis.
Modelo mais sustentável
Para os países importadores, a diferença entre os modelos é evidente:
"A exportação de energia limpa envolve equipamentos que, uma vez adquiridos, geram eletricidade por décadas", afirmou Greg Jackson, CEO da Octopus Energy, maior varejista de energia do Reino Unido. "Já com o gás, assim que você o compra, você o usa e ele desaparece para sempre."