O recém-nomeado primeiro-ministro da França, Sebastien Lecornu, apresentou sua renúncia ao presidente Emmanuel Macron, que aceitou, informa a imprensa francesa nesta segunda-feira (6).
Lecornu sofreu duras críticas da oposição e da direita após divulgar, no domingo (5), parte de seu gabinete, formado em grande parte por ex-ministros e aliados de Macron. Na terça-feira (7), ele deveria apresentar uma declaração de política geral à Assembleia Nacional.
Por enquanto, nenhuma nova nomeação foi feita para o cargo de primeiro-ministro francês. O próprio Lecornu deve fazer um discurso em Matignon às 10h45 (horário local).
"Limbo econômico"
De acordo com as previsões de vários analistas, a França está em um "limbo econômico", sem orçamento e possivelmente sem governo no curto prazo.
Após as eleições legislativas de 2024, o presidente Emmanuel Macron perdeu o controle do Parlamento e governa com um Executivo minoritário. Durante seu mandato, ele nomeou e aceitou as renúncias de uma série de primeiros-ministros que não conseguiram lidar com a oposição e os altos e baixos do país.
A renúncia de Lecornu foi inesperada e sem precedentes, marcando uma nova escalada da crise política na França. As ações francesas caíram acentuadamente, assim como o euro, após a notícia de sua renúncia.
- Nomeado no início de setembro após a saída de François Bayrou, que perdeu um voto de confiança em meio à crise política no país, Lecornu havia chefiado o Ministério da Defesa por três anos. Ele foi o quinto primeiro-ministro desde 2022, quando Macron iniciou seu segundo mandato.
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