Quatro ativistas brasileiros, identificados como Thiago Ávila, João Aguiar, Bruno Gilga e Ariadne Telles, deram início a uma greve de fome em solidariedade à causa palestina, após serem detidos pelas autoridades israelenses durante uma operação de resgate humanitário. O anúncio foi feito no perfil das redes sociais de Thiago Ávila no sábado (4).
Eles integravam a tripulação da flotilha Global Sumud, que levava suprimentos essenciais para a região de Gaza e foi abordada em território marítimo internacional na quarta-feira, 1º de outubro de 2025.
A missão contava com voluntários de múltiplas nações, entre eles a conhecida ambientalista Greta Thunberg, e visava romper o bloqueio imposto à Faixa de Gaza. Após a intervenção das forças de defesa de Israel, os detidos foram levados para um centro de detenção localizado no árido deserto de Negev, onde enfrentam condições adversas.
De acordo com relatos dos envolvidos, os prisioneiros sofreram agressões por parte dos agentes de segurança e foram privados de alimentação e cuidados médicos desde o momento da captura. Os organizadores da iniciativa destacam que a ação de protesto serve não apenas como forma de resistência pessoal, mas também como alerta global para a crise humanitária na região.
Em uma postagem nas redes sociais, o ativista Thiago Ávila reforçou o simbolismo da medida. "A declaração é também um instrumento político de denúncia da fome provocada pelo duro cerco israelense à Gaza, sendo diariamente utilizada como arma de guerra pelo governo sionista".