Uma multidão de dezenas de milhares de pessoas lotou as ruas de Tel Aviv no sábado, exigindo a libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas. A manifestação em massa ocorreu em meio a um possível avanço no plano de paz promovido pelos Estados Unidos.
A tensão é particularmente alta com a aproximação do segundo aniversário do sequestro dos reféns durante o ataque de 7 de outubro de 2023, o que aumenta a urgência das exigências das famílias.
O protesto principal ocorreu na Praça dos Reféns, símbolo desse movimento. Uma enorme faixa com o slogan "É agora ou nunca" dominou o protesto. A mensagem foi apoiada pelo presidente Donald Trump, que publicou imagens da manifestação na rede social Truth Social.
Os membros do Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos fizeram um apelo prévio a todos os cidadãos do país para que demonstrassem sua solidariedade e participassem das manifestações, afirmando que Israel enfrenta "dias decisivos". Em um comunicado, o fórum expressou seu firme apoio ao presidente Trump "em seu compromisso de repatriar todos os reféns e pôr fim à guerra".
Cronologia volátil após a resposta do Hamas ao plano de Trump
- Na sexta-feira (3), o Hamas respondeu ao plano de Trump para Gaza, condicionando a libertação dos reféns às "condições no terreno" e apoiando um governo tecnocrata palestino.
- Em seguida, Trump disse que o Hamas está pronto para "uma paz duradoura"e exigiu que Israel interrompesse os bombardeios para facilitar a evacuação segura dos reféns. A mídia israelense informou que o Exército recebeu ordens para interromper a ofensiva sobre a cidade de Gaza e adotar uma postura puramente defensiva.
- Israel anunciou então o início da primeira fase do plano americano para libertar os reféns.
- No sábado (5), Trump voltou a ameaçar o Hamas, exigindo a libertação dos reféns. Ele também declarou estar "perto" de um acordo, enquanto Netanyahu lançou um novo ultimato ao movimento, ameaçando com a desmilitarização de Gaza por meios militares.
- No mesmo dia, Trump declarou que Israel aceitou a linha de retirada proposta pelos EUA, restando apenas a confirmação do Hamas para iniciar o cessar-fogo e as trocas.
- Por sua vez, o Hamas acusou Israel de mentir sobre a redução das operações militares, apontando que os recentes ataques "expõem as mentiras do criminoso de guerra Netanyahu".