O bitcoin atingiu uma nova máxima histórica neste domingo sendo negociado acima de US$ 125 mil. A alta ocorre em meio à incerteza gerada pela recente paralização do governo dos EUA.
Na última semana, a criptomoeda valorizou mais de 10%, levando os investidores a comparar seu desempenho com o do ouro devido ao seu caráter de porto seguro. "Essa correlação com o ouro aumentou. O bitcoin é frequentemente considerado ouro digital devido à sua oferta limitada", afirmou Alex Saunders, diretor de pesquisa macroquantitativa do Citi, em entrevista à CNBC.
Por sua vez, Geoff Kendrick, chefe de ativos digitais do Standard Chartered, considera que a correlação historicamente positiva do bitcoin com os prêmios a prazo dos títulos do Tesouro dos EUA sugere que a criptomoeda pode se beneficiar de uma incerteza fiscal prolongada.
O especialista explicou à Bitcoin Magazine que a criptomoeda tem historicamente demonstrado uma notável resiliência em momentos de tensões financeiras, quando as condições tendem a favorecer os ativos digitais escassos.
Um aumento sem limites
Analistas do JPMorgan consideram que o bitcoin está subvalorizado em relação ao ouro e estimam um aumento teórico de US$ 165.000 se continuar o “comércio de desvalorização”, ou seja, o investimento em ativos que cobrem o risco das moedas fiduciárias.
Por sua vez, o Standard Chartered prevê que o bitcoin poderá subir para US$ 135.000 no curto prazo e atingir US$ 200.000 até o final do ano.
Enquanto isso, o ouro subiu 45% este ano, impulsionado pelas fortes compras dos bancos centrais, o boom dos fundos cotados em bolsas de ouro, a fraqueza do dólar e a demanda dos investidores de varejo.