Notícias

Shoigu revela as táticas dos EUA na política mundial

As tropas da OTAN posicionadas perto das fronteiras da Rússia criaram ameaças adicionais à segurança do país, denunciou o ministro da Defesa da Rússia.
Shoigu revela as táticas dos EUA na política mundialGettyimages.ru / Russian Defense Ministry/Anadolu Agency

Os Estados Unidos estão usando táticas para incitar a instabilidade no mundo, criando ameaças à segurança de um país e, ao mesmo tempo, fornecendo assistência militar à parte que lhe convém, denunciou o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, durante uma reunião de ministros da Defesa da Organização de Cooperação de Xangai (OCS) realizada nesta sexta-feira em Astana (Cazaquistão).

O ministro russo enfatizou que seu país sempre "fez o máximo para manter a estabilidade estratégica e o equilíbrio de poder no mundo", mas que a atual situação internacional continua difícil e tende a piorar.

Seis ondas de expansão da OTAN

"Após o colapso da União Soviética, a expansão da Aliança do Atlântico Norte para o leste continua, embora nos anos 90 nos tenham prometido que isso não aconteceria. No entanto, [desde então] houve seis ondas de expansão da OTAN", lembrou.

"As tropas da Aliança [Atlântica] se aproximaram muito das fronteiras da Rússia e criaram ameaças adicionais à segurança militar. Quero enfatizar que não fomos nós, mas eles que vieram até nós", destacou, acrescentando que "isso prova mais uma vez que não podemos confiar no Ocidente".

"E agora estamos sendo acusados de que, se a Rússia não for detida na Ucrânia, supostamente atacaremos os países da Aliança", disse Shoigu, observando que Moscou "segue uma política de não interferência nos assuntos de outros Estados". Nesse sentido, reiterou que a Rússia não tem interesse em atacar outras nações, inclusive as da OTAN.

"A Federação Russa nunca ameaçou a OTAN. Não temos interesses geopolíticos ou militares em atacar os Estados do bloco. Estamos simplesmente protegendo nosso povo em nossos territórios históricos", disse, referindo-se à operação militar especial russa na Ucrânia. A esse respeito, apontou que os EUA geraram o conflito e agora o estão prolongando deliberadamente.