
Greta Thunberg relata abusos sob custódia em Israel: cela com percevejos e falta de alimentação

A ativista ambiental sueca Greta Thunberg relatou a autoridades de seu país ter sofrido maus-tratos durante a detenção por forças israelenses, após participar de uma flotilha que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
As informações constam em um relatório do governo da Suíça obtido pelo jornal britânico The Guardian.

Segundo o documento, Thunberg afirmou ter sido mantida em uma cela com percevejos, sem alimentação e hidratação adequadas. A embaixada da Suécia em Tel Aviv confirmou ter se reunido com a ativista e outros oito cidadãos suecos presos, cobrando de Israel o fornecimento imediato de comida, água e atendimento médico aos presos.
Outro detido informou às autoridades suecas ter visto Thunberg sendo forçada a segurar bandeiras enquanto era fotografada, mas não especificou de qual país eram.
O caso também foi relatado por dois membros da Global Sumud Flotilla libertados neste sábado (4). Um deles, o turco Ersin Çelik, afirmou à agência Anadolu que a ativista foi agredida e obrigada a beijar a bandeira israelense.
Israel nega acusações
Em nota ao jornal, governo israelense classificou as denúncias como falsas, afirmando que todos os detidos tiveram acesso a alimentação, assistência jurídica e cuidados médicos.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou em seu perfil oficial no X que todos os detidos estão "seguros e em boas condições de saúde".
Em outra publicação, declarou que alguns dos indivíduos estão "obstruindo deliberadamente o processo legal de deportação, preferindo permanecer em Israel".
"Ao mesmo tempo, vários governos estrangeiros têm demonstrado relutância em aceitar receber os voos com os provocadores de volta", diz outro trecho da postagem.
