
Ministro da Saúde afirma que toda a rede pública terá antídoto contra metanol

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou neste sábado (4) que o Ministério está aumentando a quantidade de antídotos para o tratamento imediato de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas.

Atualmente, a maior parte dos casos são tratados com o etanol farmacêutico, amplamente disponível no país, e pelo Fomepizol, cuja importação está sendo realizada pelo governo federal, já que o medicamento está em falta.
Segundo informou a Agência Brasil, Padilha relatou que foram registrados 127 casos em 12 estados do país, com 116 intoxicações suspeitas e 11 confirmadas, bem como ao menos cinco mortes.
Para combater os efeitos dessa situação, foram adquiridas 2.500 ampolas de Fomepizol de um fornecedor japonês, em colaboração com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), que devem ser entregues entre 6 e 12 de outubro, sendo imediatamente encaminhados aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica de cada estado.
"Evite ingerir bebidas destiladas"
O ministro da Saúde também pediu para que a população evite o consumo de bebidas destiladas durante o período de incertezas.
"Quero dar uma recomendação para a população como um todo, e dou como ministro da Saúde e como médico. Nesse momento, evite ingerir bebidas destiladas, sobretudo aquelas em que a garrafa é feita com a rosca. Até agora, o que foi identificado é a presença desse crime em garrafas de bebidas destiladas feita com a rosca. Estamos falando de um produto que é de lazer, não é um produto da cesta básica alimentar", afirmou.
Padilha também associou o crescimento das notificações à orientação ministerial para que, a partir da primeira suspeita clínica, os profissionais de saúde registrem os casos.
Além disso, segundo o ministro, comerciantes foram aconselhados a redobrar a atenção ao adquirir bebidas, assegurando a certificação de origem.
"Essa notificação faz com que a gente identifique onde a pessoa tomou essa bebida, isso inicia todo o processo das forças de segurança, Polícia Civil e Polícia Federal de ir atrás onde foi comprado, onde foi adquirido (...) até agora, o que foi identificado é a presença desse crime em garrafas de bebidas destiladas feita com a rosca", explicou.

