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Ucranianos protestam contra a restrição dos serviços consulares na Polônia (VÍDEO)

Um centro que emite documentos para cidadãos ucranianos no exterior parou de aceitar solicitações de homens entre 18 e 60 anos de idade.
Ucranianos protestam contra a restrição dos serviços consulares na Polônia (VÍDEO)Gettyimages.ru / Yevhenii Orlov

Dezenas de cidadãos ucranianos bloquearam a entrada de uma representação ucraniana em um shopping center de Varsóvia na noite de quarta-feira em protesto contra a recusa de renovação de documentos vencidos para homens entre 18 e 60 anos.

De acordo com um anúncio oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia suspendeu, a partir de 23 de abril, a "aceitação de novos pedidos para atividades consulares referentes à categoria de cidadãos ucranianos especificados na nova lei", popularmente conhecida como lei da mobilização, e promulgada em 16 de abril. Tanto a decisão quanto o anúncio revoltaram os ucranianos que vivem na Polônia, segundo as mídias locais. 

Para trabalhar ou alugar um apartamento na Polônia, são necessários documentos de identidade válidos e, quando eles expiram, os cidadãos ucranianos precisam voltar para casa para solicitar novos documentos.

As mídias polonesas descrevem alguns dos comentários que podem ser vistos nas redes abaixo do anúncio consular: "Seria melhor criar centros de treinamento na Polônia onde aqueles que têm medo de ir para a frente sem treinamento, como bucha de canhão, possam passar treinamento profissional! Isso seria mais útil", sugere um usuário chamado Alexander. Outro, chamado Ruslan, um graduado de uma universidade polonesa, respondeu sarcasticamente: "Sim, todos deixarão tudo na Polônia e vão sair correndo para um país sem lei! Sim, procurem por tolos!".

Varsóvia estaria disposta a ajudar Kiev com a repatriação de homens em idade de recrutamento, disse o ministro da Defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz.

Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, se distanciou na quinta-feira das mudanças nos serviços do escritório na Varsóvia, dizendo que não faz parte do "sistema ministerial, serviço diplomático ou consular", mas é uma "empresa estatal separada, subordinada ao Serviço de Migração Estatal da Ucrânia".