Um procedimento disciplinar contra o ministro do Turismo, Celso Sabino, foi instaurado pelo União Brasil após a decisão partidária de desvincular membros que ocupam postos no governo do presidente Lula, conforme noticiou o portal Poder360 na sexta-feira (3).
A medida pode resultar na expulsão de Celso, que pediu demissão do cargo no fim de setembro, mas continuou na pasta a pedido de Lula para participar, em sua cidade natal (Belém/PA), das inaugurações relacionadas à COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), na última quinta-feira (2).
Segundo o jornal O Globo noticiou neste sábado (4), no entanto, Sabino já sinalizou a aliados que decidiu ficar na pasta do Turismo mesmo contra a orientação do próprio partido. O anúncio oficial de se manter no cargo deve ser feito em breve a Lula.
Recentemente, o ministro declarou que deseja "apoiar Lula onde quer que esteja", o que aumentou as pressões sobre o deputado licenciado, que é ministro do Turismo desde agosto de 2023. Ainda de acordo com a reportagem, Sabino reafirmou publicamente sua proximidade com o Planalto.
"Presidente Lula, o que nós fizemos juntos no Turismo nunca será esquecido. Nada, nenhum partido político, nenhum cargo e nenhuma ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará. Conte comigo, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar, para segurar a sua mão", disse Sabino na quinta-feira (2), em Belém-PA.
Ao Poder360, o deputado federal Fabio Schiochet (SC) confirmou a abertura de processo disciplinar no partido.
"Fui designado relator no processo disciplinar do ministro Celso. Acredito que o ministro deve apresentar a defesa até segunda-feira (6) ou sair do governo. Minha posição é que tenho certeza que o ministro terá coerência e entregará o cargo conforme orientação do União", declarou.