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Blinken se reúne com o ministro das Relações Exteriores da China em Pequim

Reunião é realizada em contexto de criação de "fatores negativos" nas relações sino-americanas, declarou Wang Yi.
Blinken se reúne com o ministro das Relações Exteriores da China em PequimAP / Mark Schiefelbein

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Pequim, nesta sexta-feira, informou a Xinhua.

Wang alertou Blinken que "fatores negativos estão sendo criados" entre Washington e Pequim. O secretário de Estado, por sua vez, disse que será "muito direto" com a China sobre suas preocupações, acrescentando, contudo, que "espera progresso" nas relações bilaterais.

"A questão de saber se as relações entre a China e os EUA seguirão o caminho certo da estabilidade e do progresso, ou se repetirão o ciclo em espiral descendente, é uma das principais questões enfrentadas por ambas as nações, que testa sua sinceridade e capacidade", observou Wang.

O ministro das Relações Exteriores da China observou que Pequim sempre aderiu aos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação para benefício comum visando a promoção do desenvolvimento das relações bilaterais com Washington.

Destacando a importância dos interesses fundamentais de cada lado, o gigante asiático fez um alerta para que os EUA se abstenham de interferir em seus assuntos internos e de impedir seu desenvolvimento. Ele também afirmou que Washington não deve ultrapassar as linhas vermelhas da China em relação à sua soberania, segurança e interesses nacionais.

O diplomata norte-americano chegou a Xangai na quarta-feira como parte de uma visita de três dias ao gigante asiático. Lá, Blinken se reuniu com autoridades do governo.

Anteriormente, foi relatado que Blinken e Wang provavelmente discutiriam a situação atual em Taiwan e no Oriente Médio, bem como as relações China-Rússia. Nos últimos dias, alguns meios de comunicação dos EUA sugeriram que Blinken poderia ameaçar retaliações a Pequim, visando a suspensão do suposto apoio chinês ao setor de defesa da Rússia.

De acordo com as publicações, Washington está considerando impor sanções contra determinados bancos chineses para desconectá-los do sistema financeiro global, a menos que o gigante asiático pare de fornecer semicondutores e outros produtos que supostamente ajudam Moscou a contornar as restrições ocidentais. A China, no entanto, rejeitou as acusações como "infundadas".