
Governo Trump vai orientar Ucrânia em ataques de longo alcance contra a Rússia - FT

O governo de Donald Trump irá orientar as autoridades ucranianas qual a melhor maneira de atacar as infraestruturas energéticas da Rússia com mísseis de longo alcance e drones. As informações foram divulgadas por fontes ao Financial Times na quinta-feira (2).
As novas medidas devem ajudar Kiev a mapear com mais precisão as defesas aéreas russas e a planejar rotas de ataque mais seguras. Segundo fontes próximas às discussões, esse apoio adicional também visa aumentar a eficácia dos drones e mísseis de longo alcance ucranianos.

De acordo com as fontes, a decisão foi tomada após Trump afirmar que Putin o havia o "decepcionado" pela falta de progresso no conflito ucraniano.
O chefe de Estado já teria informado a pessoas próximas que, em breve, dará orientações às agências para que se preparem para compartilhar informações de inteligência. Fontes afirmam que o Reino Unido já oferece apoio a Kiev em ataques de longo alcance dentro do território russo.
EUA não ajudará financeiramente Kiev
As fontes disseram ao jornal que, apesar da ajuda estratégica, Trump não utilizará fundos norte-americanos para financiar Kiev. Em vez disso, o mandatário prefere que aliados de Zelensky adquiram armas dos Estados Unidos e forneçam apoio a Kiev.
Trump estaria considerando a ideia no líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, em apoiar construção de mísseis de cruzeiro Tomahawk. Os mísseis Tomahawk têm um alcance de até 2.500 quilômetros com uma velocidade de menos de 900 quilômetros por hora.
Sobre uma possível mudança de estratégia do presidente russo, Vladimir Putin, no conflito na Ucrânia, um funcionário norte-americano disse não acreditar nisso: "Não acredito que um número limitado de Tomahawks ou ataques esporádicos em profundidade na Rússia vá mudar a opinião de Putin".
A Ucrânia não comentou sobre o repasse de informações de inteligência, mas admitiu que Kiev e Washington "ainda estão em negociações" sobre o uso dos mísseis Tomahawk.
O Secretário de Imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, que o pensamento de Washington sobre o fornecimento dos mísseis Tomahawk à Ucrânia eram "um sintoma bastante perigoso que não pode passar despercebido em Moscou".

