EUA atacam barco próximo à Venezuela e secretário de Trump promete novas ofensivas

O Secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, publicou nesta sexta-feira (3) um vídeo em seu perfil na rede social X que mostra um novo ataque norte-americano contra o que chamou de um "barco do narcotráfico", que navegava no Caribe, próximo à Venezuela.

Na mesma publicação, Hegseth afirmou também que "os EUA continuarão seus ataques contra embarcações que transportem drogas para solo estadunidense".

"Nossa inteligência, sem sombra de dúvida, confirmou que este navio traficava narcóticos, que as pessoas a bordo eram narcoterroristas e que operavam em uma rota conhecida pelo narcotráfico. Estes ataques continuarão até que cessem os ataques contra o povo americano!", escreveu o secretário.

De acordo com o secretário, ele mesmo coordenou, seguindo ordens do presidente Donald Trump, o "ataque letal e cinético" contra a embarcação, que segundo ele estaria afiliada a "organizações terroristas", designadas assim por Washington, na área de responsabilidade do Comando Sul dos EUA.

"Quatro narcoterroristas a bordo do navio morreram no ataque, e nenhum membro das forças estadunidenses ficou ferido (…) o navio transportava quantidades substanciais de narcóticos com destino aos Estados Unidos para envenenar nosso povo", acrescentou.

Venezuela anunciou exercício militar

Na quinta-feira (2), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou para este sábado (4) o lançamento de um "exercício especial de caráter organizativo" do qual participarão os quatro componentes da Força Armada Nacional Bolivariana e as Milícias Bolivarianas, como parte da preparação do país ante a "ameaça militar estadunidense".

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No mesmo dia, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, denunciou o voo de pelo menos cinco aviões de guerra norte-americanos do tipo F-35 na região costeira da nação caribenha.

"Estamos os vendo, quero que saibam. E quero que saibam que isso não nos intimida, não intimida o povo da Venezuela", advertiu.

A ação foi repudiada por Caracas, que demandou a Hegseth "que cesse imediatamente em sua postura temerária, aventureira e belicista, que pretende solapar a zona de paz da América Latina e do Caribe e põe em perigo a estabilidade regional".