Na cúpula da Comunidade Política Europeia em Copenhague, na quinta-feira (2), o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou que a Ucrânia poderá em breve obter uma ajuda extra dos EUA para atacar a Rússia.
Em seu discurso, Zelensky confirmou ter discutido a possibilidade de fornecimento de armas de longo alcance com Donald Trump durante seu último encontro.
"Conversamos com os EUA. Somos muito gratos ao presidente Trump por este diálogo. Da última vez, tivemos uma reunião muito positiva, um diálogo muito produtivo. E conversamos sobre armas de longo alcance", declarou ele.
O líder do regime de Kiev afirmou que, após o encontro com Trump, a Ucrânia poderia obter "algo mais". "Até agora, usamos apenas nossas armas [...] Estamos fazendo todo o possível para contar com o apoio dos Estados Unidos", afirmou Zelensky.
Possível entrega de Tomahawks
As declarações ocorrem em meio a discussões sobre a possível entrega a Kiev de mísseis de cruzeiro Tomahawk de fabricação americana, com alcance de 2.500 quilômetros.
No final de setembro, o Wall Street Journal noticiou que o Zelensky havia pedido o fornecimento desses mísseis ao presidente dos EUA.
O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, admitiu que Washington estuda a venda dessas armas a países europeus para posterior transferência à Ucrânia, mas ressaltou que a "decisão final" cabe a Trump.
Reação da Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o fornecimento desses mísseis a Kiev marcaria uma nova etapa na escalada do conflito e nas relações entre Washington e Moscou.
Segundo ele, o uso dos Tomahawks é impossível sem a participação direta das Forças Armadas dos EUA, o que tornaria Washington parte ativa no conflito.