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Brasil condena interceptação ilegal de brasileiros por Israel

Governo exige libertação imediata de ativistas da "Global Sumud Flotilla" detidos por Israel e cobra respeito ao direito internacional humanitário.
Brasil condena interceptação ilegal de brasileiros por IsraelGettyimages.ru / Global Sumud Flotilla / Handout/Anadolu

O governo brasileiro condenou, em nota oficial divulgada nesta quinta-feira (2), a interceptação das embarcações da "Flotilha Global Sumud" por Israel, ocorrida na noite da última quarta-feira (1º) em águas internacionais.

A ação resultou na detenção mais de 450 ativistas, incluindo 15 brasileiros. O Brasil exorta Israel a liberar imediatamente cidadãos detidos.

O Itamaraty classificou a ação como ilegal e informou que notificou formalmente o Ministério das Relações Exteriores de Israel sobre sua inconformidade.

Segundo o governo brasileiro, a interceptação da flotilha, cujo objetivo era entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, configura violação grave ao direito internacional, incluindo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), que garante a liberdade de navegação.

"O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica", afirmou outra nota postada na última quarta-feira (1).

O Itamaraty acrescentou que, diante da detenção dos cidadãos brasileiros, "passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas".

A nota também reforça a obrigação de Israel, como potência ocupante, de permitir a entrada e distribuição de ajuda humanitária em Gaza e lembra a convenção de 1963 sobre Relações Consulares, cobrando o acesso da Embaixada do Brasil em Tel Aviv aos ativistas detidos.

De acordo com informações atualizadas da flotilha, apenas uma embarcação segue navegando rumo à Faixa de Gaza; as outras 42 foram interceptadas pela Marinha israelense.

O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza e lembra que o país é responsável por garantir a segurança, o bem-estar e a integridade física dos ativistas enquanto estiverem sob custódia das autoridades israelenses.