
Venezuela repudia invasão de espaço aéreo pelos EUA: 'provocação que ameaça a soberania'

Os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores da Venezuela rechaçaram a invasão do espaço aéreo venezuelano, nesta quinta-feira (2), por aviões de combate norte-americanos. Em nota, os órgãos qualificaram a incursão como "ilegal" e uma "provocação que ameaça a soberania".
Segundo o comunicado, os aviões foram detectados a cerca de 75 quilômetros da costa venezuelana, dentro da Região de Informação de Voo (FIR) de Maiquetía, pelo Comando de Defesa Aeroespacial Integral (CODAI). A ação, segundo o governo, contraria normas do direito internacional e a Convenção de Chicago sobre Aviação Civil Internacional.

O incidente também teria colocado em risco a segurança da aviação civil e comercial no Mar do Caribe. A presença das aeronaves foi confirmada pela companhia aérea colombiana Avianca, que observou o movimento além da detecção oficial do CODAI.
A Venezuela exigiu do Secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, que cesse "imediatamente" a postura considerada "temerária, aventureira e beligerante", por colocar em risco a estabilidade da América Latina e do Caribe.
O governo anunciou que levará a denúncia ao Secretário-Geral da ONU, ao Conselho de Segurança, à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) e à Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), para que sejam tomadas medidas que impeçam novas incursões.
O país reforçou ainda que não aceitará "intimidações nem agressões de nenhuma potência estrangeira" e que a Força Armada Nacional Bolivariana permanecerá em alerta permanente com seu Sistema Integrado de Defesa Aeroespacial.

