O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) organizou mais uma missão de repatriação de brasileiros em situação de vulnerabilidade nos Estados Unidos. O voo chegou ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), às 21h40 de quarta-feira (1), trazendo 110 pessoas.
No desembarque, receberam refeições, kits de higiene, atendimento de saúde, apoio psicossocial e auxílio para seguirem de ônibus até suas cidades de origem.
Acolhimento humanizado como prioridade
A operação foi realizada em cumprimento às orientações do presidente Lula e integra o programa "Aqui é Brasil", lançado em agosto para oferecer acolhimento humanizado a repatriados.
A iniciativa conta com a colaboração dos ministérios das Relações Exteriores, Desenvolvimento e Assistência Social, Saúde, Justiça e Segurança Pública, além da Polícia Federal, Defensoria Pública da União, ANTT, governos estaduais e organismos internacionais, como a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Mais de dois mil brasileiros repatriados em 2025
Desde fevereiro de 2025, 24 operações de repatriação já foram realizadas, com o retorno de mais de dois mil brasileiros, principalmente dos EUA.
O porta-voz do MDHC, Paulo Victor Resende, afirmou que os repatriados "chegam bastante cansados e, muitas vezes, desanimados", já que "são pessoas em situação documental irregular", mas se animam com o acolhimento recebido.
Perfil dos repatriados
A maioria dos repatriados era de homens solteiros (77%). Mulheres solteiras representaram 12%. Duas famílias viajaram juntas: um casal com duas filhas e outro com um bebê.
No recorte por sexo, 83% eram homens e 17% mulheres. A faixa etária mais comum foi de 18 a 29 anos (42%), seguida por 30 a 39 anos (24%) e 40 a 49 anos (24%). Apenas 4% eram idosos, além de algumas crianças.