O deputado Carlos Giannazi (PSOL), está buscando reunir um total de 32 assinaturas para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigue a possível participação do crime organizado na adulteração de bebidas com metanol na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).
Conforme comunicado pela Folha de S. Paulo na quinta-feira (2), Carlos mencionou que a Polícia Federal está investigando se os casos de envenenamentos na área metropolitana estão relacionados ao fechamento de distribuidoras de combustível ligadas ao crime organizado, em especial, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além disso, o deputado afirmou que "todos sabem e estão acompanhando o envolvimento do crime organizado no mercado financeiro, no agronegócio, nos postos de combustíveis" e criticou a postura do governador do estado, que estaria ignorando a ação do crime organizado, afirmando ser "inacreditável que o governador Tarcisio de Freitas tenha se precipitado dizendo que não há elo entre o PCC e a adulteração de bebidas".
Até o momento, foram apreendidas 50 mil garrafas de bebida alcoólica sem rótulo e sem comprovação de procedência em três estabelecimentos comerciais localizados nos bairros Jardim Paulista e Mooca. No estado, os números de casos de intoxicações vem aumentando, já alcançando 45. Também houve mortes em razão de intoxicações no estado de Pernambuco, levando o governo federal a anunciar medidas para combater a crise gerada pelas bebidas adulteradas com metanol.