O primeiro-ministro da Bélgica, Bart De Wever, afirmou nesta quinta-feira (2º) que seu país não apoiará o confisco de ativos russos congelados para financiar empréstimos à Ucrânia. Os recursos estão guardados no Euroclear, uma prestadora de serviços financeiros sediada na Bélgica.
Bart De Wever justificou que não recebeu "nenhuma resposta satisfatória" sobre as possíveis consequências jurídicas dessa medida.
De Wever afirmou que Bruxelas só concordará com o confisco se três condições forem atendidas: "máxima segurança jurídica, solidariedade e transparência". Nesse sentido, ele exigiu que os líderes da União Europeia (UE) assinassem um documento durante cúpula realizada na quarta-feira na Dinamarca, comprometendo-se a compartilhar os riscos decorrentes da apreensão do dinheiro russo.
Ele também observou que é possível fornecer assistência à Ucrânia sem confiscar os fundos russos desde que "todos os aliados da OTAN façam a sua parte".
"A coalizão dos dispostos também deve ser a coalizão dos que pagam", afirmou.
Durante a reunião da chamada "coalizão dos dispostos", realizada em 4 de setembro na França, líderes europeus participaram de uma videoconferência com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo publicação do jornal alemão Bild, o encontro permitiu concluir que Trump não pretende aplicar novas sanções à Rússia, especialmente após a reunião com Vladimir Putin no Alasca em 15 de agosto de 2025.