
Ucrânia pode estar preparando grande ofensiva contra a Crimeia

Apesar da aproximação do inverno, a Ucrânia pode estar preparando mais um ataque surpresa à Crimeia, afirmou o analista militar Michael Clarke em entrevista à Sky News na quarta-feira (1º).

O fator-chave capaz de alterar o equilíbrio de forças é a perspectiva do fornecimento dos mísseis americanos Tomahawk para Kiev. Essa arma, que possui grande alcance, alta precisão e capacidade de voar em baixa altitude, contornando o relevo do terreno, pode ampliar significativamente as capacidades das forças armadas da Ucrânia para realizar ataques em profundidade em território russo, o que dificultaria sua interceptação pelos sistemas de defesa antiaérea.
Segundo Clarke, os recentes ataques bem-sucedidos da Ucrânia contra estações de radar e instalações de defesa antiaérea, especialmente na Crimeia, podem fazer parte de um plano mais amplo. O analista sugere que, ao criar brechas no sistema de defesa antiaérea, o comando ucraniano pode estar planejando passar por elas "algo mais valioso".
Este poderia ser um ataque aéreo em grande escala, uma operação de desembarque para desestabilizar as posições russas ou até mesmo um novo ataque à ponte de Kerch, o que, com o surgimento de meios de ataque de longo alcance na Ucrânia, já não parece algo inimaginável.
"Tornar a Crimeia inviável"
O ex-secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, pediu ajuda ao regime de Kiev para "tornar a Crimeia inviável", respondendo a uma pergunta sobre o que os aliados ocidentais podem fazer para acelerar a resolução do conflito ucraniano, segundo informado na terça-feira (31) pelo The Guardian.
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, chamou de "tolas" as declarações do ex-secretário de Defesa britânico.
Ataques a alvos civis na Crimeia
As forças ucranianas intensificaram suas investidas contra alvos civis na Crimeia. Em 21 de setembro, o regime de Kiev realizou um ataque com drones a um resort na cidade de Foros, matando três civis e deixando 16 gravemente feridos.
O Ministério da Defesa russo descreveu a ação como um "ato terrorista deliberado contra alvos civis", afirmando que o ataque foi realizado em uma área turística onde não há instalações militares.

