
O que fecha e o que segue funcionando durante 'shutdown' nos EUA?

Na quarta-feira (1º), os Estados Unidos iniciaram uma paralisação do governo federal, conhecida como "shutdown", após o Congresso não aprovar o financiamento provisório. Com o impasse entre democratas e republicanos, cerca de 750 mil funcionários podem ter suas atividades suspensas temporariamente, enquanto setores essenciais seguem funcionando.
O que fecha e o que continua funcionando:
- Monumentos e museus: Monumento a Washington fechado; Ilha Ellis deve fechar; Estátua da Liberdade aberta, mas sob risco; Smithsonian aberto até segunda-feira (6).
- Parques e obras: Decisão sobre parques nacionais ainda pendente; US$ 18 bilhões de obras em Nova York bloqueados.
Departamentos federais
- Departamento de Segurança Interna dos EUA: mantém agentes ativos; alguns funcionários em licença.
- Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA: cerca de 41% dos funcionários afastados; mantém monitoramento de surtos de doenças e serviços essenciais de saúde, mas pesquisas e atendimentos são limitados.
- Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA: funcionamento limitado, com impacto na capacidade de proteger a saúde pública.
- Administração Federal de Aviação dos EUA: enviará 11 mil funcionários para casa; 13 mil controladores de tráfego aéreo continuam trabalhando sem receber salário.

Impactos internos
- Pagamentos de aposentadorias, benefícios de invalidez, além de programas de saúde seguem funcionando normalmente; serviço postal e programas de alimentação continuam; forças de segurança permanecem ativas; tribunais e Receita limitados.
- Agentes do FBI, da Guarda Nacional e outras forças federais seguem trabalhando, assim como patrulhas de fronteira e fiscalização de imigração.
- No Pentágono, mais da metade dos 742 mil funcionários civis serão afastados; cerca de 2 milhões de militares permanecem em serviço.
- Visitas de chefes de Estado previstas durante a paralisação devem ser canceladas
O que é o "shutdown"?
O "shutdown" ocorre quando o Congresso não consegue aprovar o financiamento das atividades das entidades públicas. Em paralisações anteriores, como a de 2018, museus e parques nacionais foram afetados, e funcionários essenciais precisaram recorrer a bancos de alimentos.
Alguns serviços, como Previdência Social, Medicare e o serviço postal, continuam funcionando normalmente por serem considerados despesas obrigatórias ou auto financiados.
A Casa Branca pode manter programas prioritários, como a agenda de deportações, enquanto funcionários de alguns setores essenciais trabalham sem salário.
Embora paralisações históricas tenham causado impactos modestos na economia, o momento de incerteza econômica atual pode amplificar os efeitos. O "shutdown" também atrasa a divulgação de dados vitais, afetando políticas públicas e investidores, além de limitar empréstimos e serviços para pequenas empresas.

