O governo da Venezuela denunciou e condenou nos "termos mais enérgicos" o que classificou como "ato de pirataria" cometido por forças israelenses contra a Flotilha da Liberdade, navio com destino ao território palestino transportando ajuda humanitária. O episódio ocorreu nesta quarta-feira (1), em águas internacionais.
De acordo com o comunicado oficial, o ataque confirma, "mais uma vez, a natureza criminal do regime sionista", ao atingir uma missão de caráter civil e pacífico.
Segundo Caracas, o navio transportava 5.500 toneladas de alimentos e suprimentos destinados à população da Faixa de Gaza, "submetida à fome e ao extermínio".
A nota também acusa Israel de utilizar o bloqueio humanitário como "ferramenta de guerra deliberada", descrevendo a prática como uma extensão do "genocídio por outros meios", cujo objetivo seria provocar morte por inanição e intensificar o sofrimento civil com "bombardeios indiscriminados".
O governo venezuelano ainda declarou ser "grotesco" que aqueles que promovem "limpeza étnica televisionada" se arroguem o direito de considerar navios carregados de alimentos como uma "ameaça à segurança".
Caracas afirmou que "a única e verdadeira ameaça à paz mundial é o sionismo", descrito como "ideologia colonialista e de apartheid" que violaria de forma sistemática o direito internacional e os princípios da dignidade humana.