Israel prende dez brasileiros em flotilha 'Global Sumud'; outros 35 barcos seguem rumo à Gaza

Forças navais de Israel interceptaram, nesta quarta-feira (1º), nove barcos da Global Sumud Flotilla que levavam mantimentos para a Faixa de Gaza.

A ação ocorreu em águas internacionais, por volta das 20h30 no horário local, e resultou na detenção de dez brasileiros, informou o Correio Brasiliense. Maior parte da frota, no entanto, segue a caminho de Gaza.

A organização informou que 35 barcos permanecem em navegação, a cerca de 70 milhas náuticas da costa.

A Global Sumud afirmou que os sistemas de comunicação foram danificados antes da abordagem, o que teria interrompido transmissões ao vivo e dificultado pedidos de socorro. Em comunicado, classificou a ação como um "ataque ilegal contra ativistas desarmados".

O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a operação e disse que todos os integrantes dos barcos interceptados foram levados a um porto israelense.

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Brasileiros detidos 

• Thiago Ávila: ativista de Brasília, membro do comitê diretor da Global Sumud Flotilla
• Mariana Conti: vereadora de Campinas (Psol)
• Nicolas Calabrese: professor e coordenador da Rede Emancipa, Rio de Janeiro
• Bruno Gilga: trabalhador da USP e ativista da CSP-Conlutas
• Lisiane Proença: comunicadora popular
• Magno Costa: diretor do SINTUSP
• Gabi Tolott: presidente do Psol-RS
• Mohamad El Kadri: presidente do Fórum Latino Palestino e coordenador da Frente Palestina de São Paulo
• Ariadne Telles: advogada popular e militante da luta pela terra na Amazônia
• Mansur Peixoto: criador do projeto História Islâmica

Antes da interceptação, a organização havia relatado a aproximação de mais de 20 embarcações não identificadas, o que indicaria um bloqueio naval. Em um áudio enviado horas antes, Thiago Ávila destacou que a missão era não violenta e buscava abrir um corredor humanitário para Gaza.

Parlamentares brasileiros se manifestaram após a ação. A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) informou nas redes sociais que, junto a Guilherme Boulos (PSOL-SP), acionou o Itamaraty e o ministro Mauro Vieira, cobrando medidas diplomáticas para garantir a liberdade dos ativistas.