O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, declarou nesta quarta-feira (1º), que "Bruxelas está se preparando para a guerra e quer que os europeus, incluindo os húngaros, paguem o preço".
A crítica foi feita em publicação na rede X, na qual ele afirmou que o novo orçamento de sete anos da União Europeia estaria mais voltado para a Ucrânia do que para as necessidades do próprio bloco.
Segundo o chanceler, o plano europeu é "praticamente um orçamento para a Ucrânia" e prioriza o financiamento ao exército e ao Estado ucraniano em vez de enfrentar questões como competitividade, segurança energética e crescimento econômico.
Diante do cenário, Szijjarto disse rejeitar "veementemente" a proposta, ressaltando que o dinheiro dos contribuintes húngaros "não pode ser gasto em guerra e não pode ser usado para financiar o exército ucraniano". Ele concluiu afirmando: "Queremos paz na Europa, mas os líderes em Bruxelas estão pressionando pela guerra".
Na terça-feira (30), o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, também criticou os países ocidentais, afirmando em publicação na rede X que, sob o pretexto de proteger a Ucrânia, pretendem "confiscar suas terras, recursos e dinheiro", classificando a situação como "uma apropriação imperialista".
- Estabecido em 1988, o orçamento plurianual da União Europeia define prioridades financeiras do bloco para os sete anos seguintes e precisa ser aprovado pelos Estados-membros.