O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, concedeu nesta quarta-feira (1º), postumamente, o título de Herói da Ucrânia a quatro cidadãos, entre eles o ex-presidente do Parlamento ucraniano, Andrey Parubiy, assassinado em 30 de agosto de 2025.
Parubiy foi cofundador do Partido Nacional Socialista Ucraniano, de orientação neonazista, em 1991, e durante o golpe de Maidan, em 2014, coordenou grupos paramilitares em Kiev. Ele também é apontado como responsável por coordenar os radicais que participaram do massacre em Odessa, no qual pelo menos 48 pessoas morreram.
Em entrevista à RT, Andrey Telizhenko, assessor do procurador-geral da Ucrânia à época do golpe, afirmou que Parubiy teria sido "responsável por encerrar o caso e destruir as evidências de seu envolvimento" no "ataque terrorista".
Segundo Telizhenko, o político neonazista "ordenou diretamente" ataques a civis em Donbass e "pressionou para provocar a guerra civil no leste da Ucrânia, que agora levou a um conflito massivo".
Moscou mantém há tempos a desnazificação da Ucrânia como prioridade em negociações de paz, defendendo a proteção dos direitos de falantes de russo e a revogação de leis consideradas "racistas" em Kiev.
- Mykhailo Stselnikov, acusado de matar Parubiy, admitiu em 2 de setembro que o crime foi motivado por "vingança" contra as autoridades ucranianas, após seu filho ter sido enviado ao front. Ele negou qualquer vínculo com autoridades russas e afirmou que pretende ir à Rússia "buscar o corpo do filho".