A Casa Branca divulgou nesta segunda-feira (29) o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar o conflito na Faixa de Gaza. O documento, composto por 20 pontos, prevê o "fim imediato da guerra, se ambos os lados concordarem".
A proposta estabelece a retirada das tropas israelenses e a suspensão das hostilidades em troca da libertação dos reféns, prevista para ocorrer em até 72 horas após a aceitação do acordo por Israel.
Já o Hamas e outras facções se comprometeriam a não participar da administração do enclave, de forma direta ou indireta.
Veja a seguir o ponto a ponto divulgado por Washington.
1- Gaza deve ser uma zona livre de terrorismo.
2- Reconstrução para melhorar a vida dos habitantes de Gaza.
3- Fim imediato da guerra se ambas as partes aceitarem: retirada israelense e cessar-fogo.
4- Todos os reféns, vivos ou mortos, serão libertados em 72 horas.
5- Israel libertará prisioneiros palestinos após o retorno dos reféns.
6- Membros do Hamas terão anistia se entregarem suas armas; quem desejar poderá sair de Gaza com salvo-conduto.
7- Entrada imediata de ajuda humanitária e reabilitação de infraestrutura e hospitais.
8- Distribuição da ajuda será gerida pela ONU, Cruz Vermelha e agências neutras.
9- Gaza será administrada por um comitê tecnocrata palestino "apolítico", sob supervisão internacional liderada por Trump.
10- Plano econômico internacional para reconstruir Gaza e atrair investimentos.
11- Criação de uma zona econômica especial com vantagens comerciais.
12- Ninguém será obrigado a sair; aqueles que o fizerem poderão retornar.
13- O Hamas e outras facções não governarão; Gaza será desmilitarizada sob controle internacional.
14- Países da região garantirão que Gaza não represente uma ameaça.
15- Criação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF) apoiada pelos EUA, Egito e Jordânia.
16- Israel não ocupará nem anexará Gaza; retirará suas forças gradualmente conforme houver segurança.
17- Se o Hamas rejeitar o plano, a ajuda será aplicada nas zonas livres de terrorismo.
18- Estabelecimento de um diálogo inter-religioso para promover a convivência entre palestinos e israelenses.
19- Condições para abrir caminho rumo à autodeterminação e a um Estado palestino.
20- Os EUA impulsionarão um diálogo político entre Israel e Palestina em direção à coexistência pacífica.
O novo plano surge em meio ao conflito iniciado em 7 de outubro de 2023 e remete à proposta de paz apresentada por Trump em 2020. Até o momento, não houve reação oficial de Israel, do Hamas ou de governos árabes ao documento.