Zelensky se vangloria de que Patriot israelense agora protege a Ucrânia

O líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, afirmou no sábado (27) durante coletiva de imprensa que o sistema de defesa antiaérea israelense Patriot já está em operação na Ucrânia há um mês e que o país deverá receber mais dois sistemas desse tipo até novembro. Esta é a primeira vez que Kiev reconhece o uso deste tipo de armamento.

A questão da transferência dos sistemas americanos de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia ganhou destaque após a declaração do embaixador de Israel em Kiev, Mikhail Brodsky, de que os complexos anteriormente instalados em Israel já estão sendo usados pelas forças ucranianas. A declaração foi imediatamente e veementemente refutada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Alemanha concorda em fornecer misseis Patriots à Ucrânia

No entanto, o assunto teve um desdobramento inesperado quando Zelensky confirmou publicamente a existência de um desses sistemas no país, afirmando: "O complexo israelense está operando na Ucrânia há um mês". 

A situação com os fornecimentos ocorre no contexto dos planos de Israel de retirar de serviço oito sistemas Patriot obsoletos que estão em serviço há mais de 30 anos. De acordo com o Financial Times, esses sistemas podem ser transferidos para a Ucrânia. Enquanto isso, o apoio internacional a Kiev na área de defesa aérea continua a crescer.

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, anunciou o fornecimento das primeiras plataformas de lançamento como parte dos dois sistemas Patriot prometidos, enfatizando que a Ucrânia precisa de pelo menos cinco desses complexos para proteger seu espaço aéreo de forma efetiva.

Reação de Moscou

Moscou condenou reiteradamente o fornecimento de armas ocidentais a Kiev, afirmando que elas apenas prolongam as hostilidades. Autoridades russas também acusaram os apoiadores da Ucrânia de contribuir para o crescimento do mercado negro internacional de armas.

O ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, alertou que as armas provenientes da Ucrânia podem se tornar uma ameaça à segurança global, incluindo a de Israel. Logo após a escalada do conflito em fevereiro de 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Rússia "destruirá" os sistemas Patriot fornecidos à Ucrânia.

O mandatário russo observou várias vezes que Moscou está pronta para encontrar uma solução para a crise, enquanto que o Ocidente e Kiev procuram prolongar o conflito. No que diz respeito à Ucrânia, Putin afirmou, em junho, que "o atual regime em Kiev não precisa de paz": "Provavelmente, paz para ele significa perda de poder".