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Israel volta a alegar que missão humanitária de Greta Thunberg e outros ativistas é 'terrorista'

A missão, que tem como objetivo levar alimentos e suprimentos médicos à Faixa de Gaza, sofreu ataques repetidos nos últimos dias.
Israel volta a alegar que missão humanitária de Greta Thunberg e outros ativistas é 'terrorista'AP / Emilio Morenatti

Yechiel Leiter, embaixador de Israel nos Estados Unidos, afirmou, em um vídeo recentemente divulgado em suas redes sociais, que a a flotilha humanitária do Global Sulmud Flotilla, que busca levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, é ''terrorista''.

Nas imagens, ele afirma que os integrantes do coletivo "não querem levar suprimentos humanitários", algo que Israel supostamente tem feito com êxito nos últimos dois anos, apesar do bloqueio humanitário imposto pelo próprio país. Para Leiter, a missão tem como seu verdadeiro objetivo "desumanizar Israel".

Nesse contexto, o diplomata afirma que os ativistas do coletivo têm ligação com o Hamas. Para sustentar a alegação, ele cita que um dos supostos integrantes, Saif Abu Keshk, se encontrou com Basem Naim, oficial do movimento sunita, em janeiro de 2024.

Ataques frequentes

Na terça-feira (23), a relatora especial das Nações Unidas para os territórios palestinos, Francesca Albanese, informou que as embarcações do coletivo foram atacados pela sétima vez em um curto período de dias.

Na ocasião, o brasileiro Thiago Ávila, que integra a flotilha, destacou que o objetivo de sua missão "não violenta", em total conformidade com o direito internacional, é apenas levar comida e suprimentos a um povo faminto.

No início do mês, uma embarcação da missão humanitária havia sido atacada por um drone no Porto de Túnis, incendiando coletes salva-vidas e outros objetos. 

Diante da situação, os governos da Itália e da Espanha disponibilizaram navios militares para reforçar a segurança do coletivo.