O Governo da Argentina solicitou a prisão internacional do ministro do Interior do Irã, Ahmad Vahidi, como suposto autor do atentado a bomba contra a Associação Mutual Israelita-Argentina (AMIA) em 1994, informou na terça-feira o Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
Vahidi é procurado pela Justiça do país austral como parte da investigação do ataque à sede judaica, que deixou 85 pessoas mortas e 300 feridas. O funcionário iraniano faz parte de uma delegação governamental que nestes días visita o Paquistão e o Sri Lanka.
Como resultado, o Ministério das Relações Exteriores argentino pediu aos Governos de ambos os países que prendessem o funcionário, de acordo com os mecanismos da Interpol.
"Nesse contexto, a pedido das autoridades argentinas, o Escritório Central da Interpol, com sede em Lyon, emitiu um Alerta Vermelho para sua prisão", disse a Chancelaria.
"Paralelamente ao trabalho que está sendo realizado pelo Ministério da Segurança e pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, com a intervenção das embaixadas do nosso país no Paquistão e na Índia, o Escritório Central Nacional da Interpol em Buenos Aires (NCB) da Polícia Federal da Argentina solicitou ao seu homólogo na Argentina que emitisse um Aviso Vermelho para sua prisão.A Polícia Federal da Argentina solicitou à sua contraparte NCB Islamabad que procedesse à detenção preventiva do criminoso, com vistas à extradição para a Argentina", acrescentou o Governo em um comunicado.
No início de abril, o judiciário argentino determinou que os ataques à Embaixada de Israel e à Associação Mutual Israelita (AMIA) eram de responsabilidade da organização fundamentalista islâmica Hezbollah, patrocinada pelo Governo iraniano.