Canadá permite que a Airbus use titânio russo proibido por sanções do país

O Governo canadense permitiu que a gigante aeroespacial Airbus use titânio de produção russa em seus processos de fabricação, apesar de ser o primeiro Estado ocidental a sancionar a comercialização desse metal, informa a Reuters.

De acordo com a agência, a medida dá flexibilidade à Airbus em suas fábricas canadenses e deve aliviar as preocupações de que suas operações poderiam ser afetadas por uma proibição efetiva de importar para o Canadá os aviões que constrói na Europa, que dependem muito do titânio leve.

Os preços deste metal atingiram um recorde devido às sanções dos Estados Unidos

A empresa notificou a Reuters de que "a Airbus está ciente de que o Governo canadense impôs sanções à VSMPO (principal fabricante russa de produtos de titânio) e obteve a autorização necessária para garantir as operações da Airbus em conformidade com as sanções aplicáveis". Mas a empresa não deu mais detalhes sobre as autorizações, nem disse por quanto tempo elas permanecerão em vigor.

Já em 2022, a Airbus pediu às nações europeias que não bloqueassem as importações de titânio da Rússia, dizendo que a imposição de sanções ao metal estratégico prejudicaria todo o setor aeroespacial europeu, e dificilmente causaria algum dano à economia russa.