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Otoni de Paula rejeita falas de Malafaia e nega 'intolerância religiosa' no Brasil

Anteriormente, Malafaia atribuiu as ações judiciais contra ele à perseguição política e religiosa.

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), da bancada evangélica, rejeitou a tese do pastor Silas Malafaia de que há "perseguição religiosa" no país e declarou que Malafaia não tem autoridade para falar pelos evangélicos brasileiros, em entrevista ao portal Bnews nesta quarta-feira (24).

"Como igreja, a gente ora por Lula, ora pelo Bolsonaro e por tantos quantos vierem", disse Otoni. Ele defendeu a separação entre religião e política, para que instituições religiosas não se envolvam em partidos.

"Graças a Deus, nosso país ainda é um país laico, deverá continuar sendo e ainda é um país que por ser laico respeita todas as religiões. Agora tentar criar esta esta guerra religiosa no Brasil é que não é saudável. Não é saudável nem para a igreja, não é saudável para a justiça, não é saudável para o Brasil", explicou.

Perseguição sem precedentes? 

Após ser alvo de uma operação de busca e apreensão e ter o passaporte retido, o pastor Silas Malafaia afirmou, durante a manifestação de 7 de setembro na Avenida Paulista, que o ministro Alexandre de Moraes pratica uma perseguição política e religiosa sem precedentes na história do Brasil.

"Eu achei que estava demorando muito para chegar a minha vez", afirmou o pastor na ocasião, conforme citado pelo jornal Gazeta do Povo. ''Sou um conferencista internacional, tenho agenda no exterior e não posso sair. Ele impede o livre exercício de minha função, isso é perseguição religiosa'', acrescentou.

Otoni de Paula já havia rebatido declarações semelhantes. Ao portal UOL, argumentou que se Malafaia ''estivesse em um inquérito policial por ter orado, evangelizado em praça pública, seria perseguição religiosa, mas não é o caso. Em todo o tempo, ele atacou a Suprema Corte''.