Meloni impõe condições para reconhecimento do Estado da Palestina

A primeira-ministra italiana acusou o Hamas de iniciar a guerra contra Israel e impedir seu fim, ao se recusar a entregar reféns israelenses.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou nesta terça-feira (23), pouco antes do início da 80ª Assembleia Geral da ONU em Nova York, que não é contra o reconhecimento do Estado da Palestina, mas apresentou condições que, segundo ela, devem ser cumpridas, informou a mídia internacional.

Entre os pré-requisitos apontados por Meloni estão a libertação de todos os reféns israelenses pelo Hamas e a exclusão do grupo de qualquer participação em um futuro governo palestino.

"Não me oponho ao reconhecimento da Palestina, mas precisamos estabelecer prioridades", disse Meloni à imprensa italiana, ressaltando que o reconhecimento, sem que o território atenda aos critérios de um Estado soberano, não resolve impasses nem gera resultados concretos. Segundo a primeira-ministra, a medida carece de efeitos práticos e não contribui para avanços significativos no processo de paz.

Ela acrescentou que, embora o reconhecimento possa ser usado como "ferramenta de pressão política", é necessário direcionar essa pressão corretamente.

"Acho que a principal pressão política deve ser exercida sobre o Hamas, porque foi o Hamas que iniciou esta guerra e é o Hamas que está impedindo o fim da guerra ao se recusar a entregar os reféns", afirmou Meloni.