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O secretário de Estado dos EUA chega a Xangai

A estadia de Antony Blinken na China durará três dias e inclui uma visita a Pequim.
O secretário de Estado dos EUA chega a XangaiAP / Mark Schiefelbein / Pool

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Xangai, na China, informou a mídia do país asiático.

Espera-se que o funcionário de alto escalão dos EUA se reúna com autoridades locais e representantes de empresas na cidade oriental antes de partir para a capital, Pequim, onde planeja realizar uma série de reuniões com líderes chineses.

A visita de três dias incluirá conversas com o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, durante as quais eles discutirão a situação em Taiwan e no Oriente Médio, bem como as relações sino-russas. Não está excluída a possibilidade de uma reunião com o presidente Xi Jinping.

Nos últimos dias, alguns meios de comunicação dos EUA sugeriram que Blinken poderia emitir um aviso a Pequim para que parasse de apoiar a indústria de defesa da Rússia.

"A China pode fazer mais"

Jornais citando fontes familiarizadas com o assunto informaram que Washington está considerando a imposição de sanções contra certas entidades chinesas para desconectá-las do sistema financeiro global, a menos que o gigante asiático pare de fornecer semicondutores e outros produtos que supostamente ajudam a Rússia a lidar com as sanções ocidentais e a renovar e modernizar suas fábricas de armas, prosseguindo com a operação militar na Ucrânia.

Em uma coletiva de imprensa na Itália na semana passada, o secretário de Estado declarou que "a China compartilha máquinas-ferramentas, semicondutores e outros produtos de uso duplo que ajudaram a Rússia a reconstruir sua base industrial de defesa". Nesse sentido, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse na segunda-feira que "a China pode fazer mais" para livrar Washington de suas preocupações e sugeriu "ações" que os EUA estão dispostos a tomar "caso seja apropriado".

"Acusações infundadas"

Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, reagiu expressando firme oposição à abordagem adotada por Washington, que ele descreveu como "extremamente hipócrita e totalmente irresponsável".

"Os EUA introduziram um projeto de lei de ajuda em larga escala para a Ucrânia, enquanto fazem acusações infundadas contra o comércio normal entre a China e a Rússia", afirmou o diplomata na terça-feira.

Wang enfatizou que Pequim tem mantido consistentemente sua neutralidade em relação ao conflito russo-ucraniano e tem defendido ativamente tanto as negociações de paz quanto uma resolução política. Ele disse que Pequim não aceitaria que lhe imputem culpa.