O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou nesta terça-feira a comunidade internacional que caso os EUA decidam executar uma agressão militar direta contra o seu país, isso resultaria em "uma guerra catastrófica no Caribe e na América do Sul".
O mandatário fez as afirmações enquanto dirige o Comitê Executivo do Conselho de Estado, que se declarou em sessão permanente para trabalhar Decretos Constitucionais para fazer frente a "todas as ameaças" de Washington, "que violam flagrantemente o direito internacional e gerou uma reação mundial de rechaço".
Tal rechaço à postura norte-americana frente a Venezuela é "crescente", segundo Maduro, sendo manifestado em blocos multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), além de outras instâncias e países.
"É uma rejeição crescente à ameaça à paz do Caribe, à paz da América do Sul, e à construção de uma narrativa grosseira, totalmente falsa, uma narrativa derrotada por sua própria falsidade, sua própria imoralidade, contra um país de pessoas decentes, contra um país com instituições republicanas, com força constitucional como nossa República Bolivariana da Venezuela", declarou.
Maduro indicou que a "narrativa falsa", promovida pelo governo Donald Trump, "pretende impor um estado de violência no Caribe, na América do Sul, e ameaça escalar para uma guerra catastrófica em todo o nosso continente".
O mandatário venezuelano acrescentou que os patriotas de seu país permanecem firmes na verdade e em plena luta "contra a mentira, a violência e a imoralidade". Nesse sentido, comentou que a população está preparada, a partir dos "poderes estabelecidos pela Constituição", para enfrentar qualquer agressão estrangeira que pretenda afetar a soberania, a paz e a independência do país.
Maduro também destacou que a única garantia de paz no país é a mobilização cívico-militar. Além disso, ressaltou que as pesquisas indicam que mais de 90% da população venezuelana rejeita as ameaças dos EUA, classificando-as como "repudiáveis" e manifestando-se disposta a defender o direito à paz da Venezuela.