Rússia na ONU: Ocidente tenta criar a ilusão de uma Ucrânia extraordinária, ignorando abusos

O regime de Kiev é tão apoiado que os cidadãos ucranianos 'não veem necessidade de realizar eleições', ironizou Dmitry Polyansky.

Os patrocinadores europeus do regime ucraniano estão tentando criar uma "realidade paralela" para que o Conselho de Segurança da ONU não perceba que Kiev está perdendo no campo de batalha, declarou nesta terça-feira (23) o representante permanente adjunto da Rússia na ONU, Dmitry Polyansky.

"Nesta imagem distorcida que tentam nos impor hoje, a Ucrânia é um oásis de democracia e liberdade, e seu líder usurpador, que descumpriu todas as suas promessas eleitorais (...), conta com o apoio de todos os ucranianos, que, segundo dizem, não veem necessidade de realizar eleições, já que têm um presidente tão extraordinário", ironizou o diplomata em reunião do Conselho sobre a situação na Ucrânia.

É importante lembrar que Vladimir Zelensky, líder do regime de Kiev, suspendeu as eleições, mesmo que a Constituição ucraniana não permita tal medida explicitamente.

Apesar da farsa, a situação no país é muito mais grave, como alertou o alto diplomata:

"O nome desse país se tornou sinônimo não apenas de corrupção generalizada e total ausência de direitos, mas também dos escandalosos dois pesos e duas medidas que o Ocidente coletivo e seus meios de comunicação controlados demonstram no contexto ucraniano", enfatizou Polianski.

Ele lembrou ainda das leis restringindo a cultura e a língua russa e das ameaças de ''morte e perseguição'', que forçam civis a ''negarem suas identidades, raízes morais e históricas e valores''.