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Aprofundamento da investigação sobre vacinação contra covid de Bolsonaro é autorizado
As autoridades brasileiras buscam esclarecer se o ex-presidente apresentou um cartão de vacina ao entrar nos EUA, para onde viajou um dia antes do fim de seu mandato.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na terça-feira a Polícia Federal a aprofundar as investigações sobre uma possível falsificação de dados de vacinação contra a covid-19 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
No mês passado, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro, juntamente com outras 16 pessoas, por associação criminosa e falsificação de dados em cartões de vacina contra a covid-19. O procurador-geral, Paulo Gonet, pediu permissão ao Supremo Tribunal Federal para ampliar a investigação.
A decisão judicial exige que a Polícia Federal esclareça se o ex-presidente brasileiro apresentou um cartão de vacina quando entrou nos Estados Unidos, para onde partiu em 30 de dezembro de 2022, um dia antes do fim de seu mandato.
Gonet argumentou que "seria pelo menos interessante determinar" se havia uma regra na época que exigia que todos os estrangeiros apresentassem um documento certificando sua vacinação contra a covid-19 para poder entrar no país norte-americano, mesmo no caso de portadores de passaportes diplomáticos.
De acordo com as conclusões dos investigadores brasileiros, a introdução de informações falsificadas no sistema do Ministério da Saúde teve como objetivo facilitar a permanência de Bolsonaro nos EUA. Enquanto isso, o próprio ex-presidente nega seu envolvimento no esquema de cartões falsos de covid dos quais que é acusado.