O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) durante seu discurso na 80º Assembleia Geral das Nações Unidas que a organização tem um potencial "enorme e tremendo", mas que "nem de longe está à altura desse potencial, pelo menos por enquanto".
"Parece que tudo o que fazem é escrever uma carta muito contundente e depois nunca dão continuidade. São palavras vazias", criticou.
Trump destacou que "palavras vazias" não resolvem conflitos armados: "A única coisa que resolve a guerra e os conflitos é a ação", afirmou, ressaltando que ele próprio pôs fim a sete guerras "em vez da ONU fazê-lo".
Nesse sentido, ele alegou ter conseguido pôr fim às "devastadoras" guerras entre Camboja e Tailândia, Kosovo e Sérvia, Congo e Ruanda, Paquistão e Índia, Israel e Irã, Egito e Etiópia, assim como entre Armênia e Azerbaijão.
"E, infelizmente, em todos os casos, as Nações Unidas nem sequer tentaram ajudar em nenhuma delas. Eu acabei com sete guerras, negociei com os líderes de cada um desses países e nem sequer recebi uma ligação da ONU oferecendo ajuda para fechar o acordo", denunciou.
O mandatário acrescentou que "todos dizem" que ele deveria "receber o Prêmio Nobel da Paz por cada uma dessas conquistas", embora tenha afirmado que "o verdadeiro prêmio" para ele "serão os filhos e filhas que viverem e crescerem com seus pais e mães, porque milhões de pessoas já deixaram de morrer em guerras intermináveis e vergonhosas".
"O que me importa não é ganhar prêmios; é salvar vidas", destacou.
Ao mesmo tempo, Trump ressaltou que tem trabalhado "incansavelmente" para acabar com o conflito na Ucrânia, mas que ainda não conseguiu: "Pensei que, das sete guerras que parei, essa seria a mais fácil devido à minha boa relação com o presidente [russo, Vladimir] Putin. Achei que seria a mais fácil, mas, vocês sabem, na guerra nunca se sabe o que vai acontecer", disse.
- A 80º Assembleia Geral teve início em 23 de setembro, na sede da ONU, em Nova York.
- No âmbito deste evento, mais de 190 líderes mundiais discutirão temas como o conflito no Oriente Médio, a crise na Ucrânia, o empoderamento das mulheres, mudanças climáticas e inteligência artificial, entre outros assuntos.