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Europa se prepara para ocupar a Moldávia, revela inteligência russa

De acordo com informações do Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo, está ocorrendo o deslocamento das tropas da OTAN na Romênia.
Europa se prepara para ocupar a Moldávia, revela inteligência russaGettyimages.ru / Kay Nietfeld / picture alliance

Países europeus se preparam para intervir na Moldávia para manter sua política contrária à Rússia, informou o Serviço de Inteligência Estrangeiro Russo (SVR) nesta terça-feira (23).

Segundo o SVR, a União Europeia (UE) quer manter a república dentro de sua zona de influência "a qualquer custo", incluindo a introdução de tropas e ocupação de seu território.

"Na fase atual, unidades das Forças Armadas dos países da OTAN estão se concentrando na Romênia, perto das fronteiras moldavas", afirmou a inteligência. De acordo com o órgão, "está sendo preparado um 'desembarque' da OTAN na província ucraniana de Odessa para intimidar a Transnístria".

O SVR detalhou que o primeiro grupo de militares da França e do Reino Unido já chegou a Odessa, ressaltando que o cenário foi ensaiado em manobras militares da OTAN na Romênia e ocorrerá após as eleições parlamentares da Moldávia, previstas para 28 de setembro.

Planos da Europa

A inteligência russa afirmou que a falsificação dos resultados eleitorais obrigará os cidadãos moldavos a protestar. Nesse contexto, a presidente Maia Sandu poderia solicitar a intervenção de tropas europeias para "obrigar os moldavos a aceitar a ditadura sob o pretexto da eurodemocracia".

O SVR destacou que Bruxelas não renunciará aos planos de ocupação, mesmo que a situação interna não exija intervenção externa.

"Para criar um pretexto, está prevista a organização de provocações armadas contra a Transnístria e as tropas russas destacadas na região", informou, acrescentando que isso ocorrerá no final de novembro, durante as eleições para o Conselho Supremo da república.

A inteligência russa acrescenta que os planos dos países europeus visam demonstrar "coragem e determinação" diante do projeto paralisado de enviar tropas da chamada "coalizão dos dispostos" para a Ucrânia.