O presidente da Finlândia, Alexander Stubb, afirmou que países europeus devem estar preparados para lutar contra a Rússia caso decidam conceder "garantias de segurança" à Ucrânia. A declaração foi dada em entrevista exclusiva ao jornal britânico The Guardian.
Segundo Stubb, "garantias de segurança são, em essência, um impedimento. Esse impedimento precisa ser plausível e, para ser plausível, precisa ser forte". O presidente finlandês destacou que sem força real por trás, as garantias não teriam sentido.
O mandatário explicou que qualquer compromisso só entraria em vigor após a conclusão de um acordo entre Ucrânia e Rússia, frisando que Moscou não terá voz sobre o tema.
"Portanto, para mim, não é uma questão se a Rússia concordará ou não. Claro que não, mas essa não é a questão", afirmou.
- O comentário de Stubb surge após o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciar recentemente que 26 países se comprometeram a integrar uma "força de segurança" na Ucrânia, com presença prevista em terra, no mar e no ar, como parte de eventuais "garantias" internacionais.
- Enquanto isso, Moscou condenou a "posição de revanchismo" dos países europeus contra a Rússia, que faz parte de uma busca "descarada" para "conquistar um lugar à mesa das negociações" do conflito ucraniano.
- Além disso, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que as garantias de segurança devem ser elaboradas tanto para a Rússia quanto para a Ucrânia, reforçando que Moscou irá respeitar os termos acordados.