O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, foi aos Estados Unidos junto ao presidente Lula para participar da 80º Assembleia Geral da ONU. Durante o evento, o titular da pasta tentará ser um elo entre o sistema judiciário brasileiro e as autoridades internacionais que possam ter incertezas sobre o andamento do caso que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores por uma tentativa de golpe de Estado.
"Sim, ele está mirando ser essa ponte, construir algo que faça com que entendam o processo no Brasil, mas não há sinal de que o lado de lá está disposto", detalhou um aliado do governo ao portal UOL, conforme publicado nesta segunda-feira (22).
A participação do ministro na delegação brasileira é considerada estratégica pois Lewandowski fez parte do Supremo Tribunal Federal (STF) entre 2006 a 2023.
O governo dos Estados Unidos, que anunciou sanções contra o Brasil e membros do Supremo que participaram do julgamento de Bolsonaro, voltou atrás na decisão de cancelar o visto do ministro, que embarcou para a ONU junto ao presidente Lula no domingo (22).
Após a indicação de Flávio Dino ao STF, Lewandowski foi convocado por Lula para liderar o Ministério da Justiça com a tarefa desafiadora de estruturar a segurança pública no Brasil.
Ele formulou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que visa aumentar a cooperação entre as polícias estaduais e federais.