
Putin faz declaração sobre Tratado de Redução de Armas Estratégicas

A Rússia está disposta a continuar aderindo ao Tratado de Redução de Armas Estratégicas por mais um ano após seu vencimento em 5 de fevereiro de 2026 se os Estados Unidos tomarem medidas semelhantes, declarou nesta segunda-feira (22) o presidente russo, Vladimir Putin.
"A Rússia está disposta a continuar respeitando as restrições quantitativas centrais previstas no Tratado de Redução de Armas Estratégicas por mais um ano após 5 de fevereiro de 2026", disse o presidente russo durante reunião do Conselho de Segurança do país.
No entanto, Putin afirmou que "essa medida só será viável se os Estados Unidos agirem de forma semelhante e não tomarem medidas que prejudiquem ou violem o equilíbrio existente.

O chefe de Estado russo lembrou que, há quase 15 anos, esse acordo continua desempenhando um papel positivo importante na manutenção do equilíbrio de poder e da certeza no âmbito das armas ofensivas estratégicas: "Uma rejeição total do legado deste acordo seria, sob muitos pontos de vista, uma medida equivocada e míope que, em nossa opinião, também teria um impacto negativo na garantia dos objetivos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares", explicou Putin.
Para evitar uma nova corrida armamentista estratégica, seria necessário garantir um nível aceitável de previsibilidade e moderação, indicou. Além disso, Putin ordenou às agências russas competentes que prestem especial atenção aos planos de ampliação dos componentes estratégicos do sistema de defesa antimísseis dos Estados Unidos.
Putin também lembrou que a Rússia é capaz de responder a qualquer ameaça com medidas no âmbito militar e tecnológico, e não com palavras. No entanto, o presidente russo destacou que Moscou sempre prefere uma solução política e diplomática.
O Tratado de Redução de Armas Estratégicas foi assinado pela Rússia e pelos EUA em 8 de abril de 2010 e prorrogado sem condições prévias por mais cinco anos em fevereiro de 2021. Nos termos do acordo, as partes se comprometeram a reduzir suas forças nucleares para 700 veículos de lançamento, 1.550 ogivas nucleares e 800 lançadores.
No entanto, em fevereiro de 2023, Moscou suspendeu sua participação no pacto, alegando que Washington "destruiu a base legal em matéria de controle de armas e segurança" ao colocar a infraestrutura militar da OTAN em ação contra a Rússia.
Ao mesmo tempo, a Rússia sempre declarou que tem a intenção de cumprir as restrições previstas dentro do prazo de vigência do acordo.
SAIBA MAIS SOBRE O TRATADO DE NÃO-PROLIFERAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES.
