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Rússia é capaz de responder a qualquer ameaça contra sua segurança, alerta Vladimir Putin

O presidente russo destacou que vários problemas na área de segurança se dão devido às "ações destrutivas" do Ocidente.
Rússia é capaz de responder a qualquer ameaça contra sua segurança, alerta Vladimir PutinSputnik / Alexander Kazakov

A Rússia é capaz de responder a qualquer ameaça estratégica, não na retórica, mas com o emprego de armamentos e tecnologia, afirmou nesta segunda-feira (22) o presidente do país, Vladimir Putin, em reunião com membros do Conselho de Segurança russo.

O presidente destacou a necessidade de proteger os interesses nacionais diante da deterioração da estabilidade estratégica global.

"Não deve haver qualquer dúvida de que a Rússia é capaz de responder a quaisquer ameaças existentes ou que venham a surgir. Responder não com palavras, mas com a tomada de medidas no âmbito militar e tecnológico", afirmou.

Putin citou como exemplo a decisão da Rússia de suspender suas restrições auto-impostas sobre o uso de mísseis terrestres de curto e médio alcance.

"Foi uma medida a qual fomos forçados a tomar, ditada pela necessidade de responder adequadamente aos programas de instalação de armas semelhantes de fabricação americana e de outros países ocidentais na Europa e na região Ásia-Pacífico que ameaçam a segurança da Rússia", acrescentou.

"Não temos interesse em aumentar a tensão"

O presidente russo também afirmou que os planos da Rússia para fortalecer sua capacidade de defesa se baseiam em um "cenário mundial em mudança" e que estão sendo implementados "de forma plena e oportuna": "Confiamos no compromisso e eficácia de nossas forças nacionais de dissuasão, mas, ao mesmo tempo, não temos nenhum interesse em aumentar ainda mais as tensões e desencadear uma corrida armamentista", destacou.

Putin observou que Moscou sempre agiu, e continua agindo, de preferência e de forma prioritária, de acordo com "métodos políticos e diplomáticos" para a manutenção da paz internacional com base nos princípios de "igualdade, indivisibilidade da segurança e consideração recíproca de interesses".

O presidente russo denunciou o fato de que a situação da estabilidade estratégica "continua a se deteriorar" como resultado de uma combinação de fatores negativos que intensificam os riscos para a ordem estratégica, destacando que muitos problemas que surgiram nessa esfera desde o início do século XXI estão ligados às "ações destrutivas" do Ocidente.

No entanto, o presidente enfatizou que, apesar das ações ocidentais, Moscou está disposta a permanecer seguindo o Tratado de Redução de Armas Estratégicas por mais um ano após sua expiração em 5 de fevereiro de 2026 caso Washington tome medidas semelhantes.